A indústria automobilística
foi revolucionada a partir de 1914 por um empresário chamado Henry Ford. Fez
isso pondo em prática os princípios da Administração Científica, pois adotou a
especialização, padronização, divisão do trabalho e produção em massa em sua
fábrica Ford Motor Company. Ao
contrário da Toyota, que usava o modelo de produção enxuta e estoque mínimo.
Ford foi a materialização do que Taylor propôs. Sua obsessão era tão grande
que pretendia tornar o automóvel o barato suficiente para todos comprarem. Ele
expandiu a indústria automobilística de tal forma que ajudou a desenvolver os
EUA. Aumentou substancialmente a indústria têxtil, siderúrgicas, energia para
produção de combustível e construção de rodovias para facilitar o transporte
das pessoas.
A indústria de Ford era
imensa e tinha todo o “staff” necessário
para sua produção: fábrica de vidros, plantação de seringueiras para formação
de borracha, siderúrgica, etc. Essa estrutura, conjunto de ações, modo de
pensar e sistema novo que começara a dar certo nos Estados Unidos, foi chamado
de Fordismo e se tornou referência
por muitos anos.
Uma das principais
características foi o aperfeiçoamento da linha
de montagem. Os veículos eram montados em esteiras que se movimentavam, passando carro por carro, enquanto o
operário ficava praticamente imóvel, realizando pequena etapa da produção. Assim,
o sistema exigia pouca qualificação dos trabalhadores. Ao contrário do Volvismo,
modelo inovador com grande participação e qualificação dos trabalhadores suecos.
O empresário era bastante conservador.
A frase “podem ser produzidos automóveis
de qualquer cor, desde que sejam pretos” entrou para a história e mostra o
quanto ele era pouco inovador. Seus assistentes e até seu filho propunha
mudanças como a criação de automóveis com outras cores e também outros
automóveis, em detrimento do clássico modelo “Ford T”, mas ele dizia que a cor preta
secava mais rápido e assim poderia produzir mais.
Embora Taylor tivesse
proposto a produção independente, dizendo que a demanda viria de acordo com o
que era produzido, Ford não foi tão negligente e preferiu controlar a produção de acordo
com a demanda. Dessa forma, ele sofreu menos com a crise de 1929. Ele também aumentou o salário de seus
operários para aumentar o poder de compra deles e eles ambicionarem comprar
carros.
Ford era tão sistemático e
exigente que criou os “fiscais de Ford”,
homens que vigiavam a vida pessoal dos trabalhadores. Com isso, eles perdiam o
emprego se traíssem as mulheres, bebessem na semana, estivessem de ressaca no
trabalho, etc. Além disso, Ford tinha um filho que morreu cedo por não suportar
a pressão, rigorosidade e humilhações do pai dentro da fábrica para com ele e
demais companheiros.
Portanto, Henry Ford foi o
pioneiro em empresas automobilísticas e se manteve na hegemonia até a década de
70, onde foi ultrapassado pela GM (General Motors), que começara a produzir
diversos carros de diversas cores e pelo modelo de gestão automobilístico
japonês, que era mais flexível e enxuto. Porém, Ford nunca deixou de ser
elevado e lembrado pela importância da concepção da indústria automobilística
clássica.
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