30 de dezembro de 2013

https:www.domínio

            Muitas pessoas leem o endereço dos sites no navegador e não sabem o que significa aquelas palavras. Eu era uma dessas pessoas, mas acho que agora entendo um pouco a função dessa denominação do título deste texto.
         Há centenas de milhares de computadores interligados no mundo inteiro por uma rede – fenômeno conhecido como internet – que possibilita o acesso e a troca de informações. O sítio da web, chamado de “site”, que é um conjunto de páginas existentes numa teia por detrás da rede, pode ser acessado por um endereço (URL), que geralmente é visto por “https:www.domínio”. Esse texto é, basicamente, o que possibilita a busca segura de uma informação específica em um lugar de conteúdo vasto.
            O HTTP é o protocolo que transfere o conteúdo em formado de hipertexto, que contem elos com outros hipertextos, formando, assim, os hyperlinks. Aos clicar nos hyperlinks conseguimos acessar o que queremos, mas nos bastidores disso há a linguagem HTML, que produz esse tipo de texto. Ao digitarmos o endereço, esses textos dessa linguagem são mandados para o navegador, que transforma tais textos em um legível para os usuários.
           Entretanto, o “S” é adicionado ao HTTP para criptografar os códigos transmitidos e promover a segurança da operação. Com isso, temos a explicação HTTPS, que aparece inicialmente no nosso navegador.
           Em segundo lugar, temos o WWW - World Wide Web, ou simplesmente Web, que é uma teia de alcance mundial. Não se confunde com a internet porque o www é um modo de acessar e as informações da rede e uma forma de comunicação existente nela.            
             Por fim, temos o domínio. Ele é o endereço único e exclusivo utilizado para identificar sites na internet. O titular de cada site escolhe e paga pelo domínio, que são frases que ele pode escolher dentro das possibilidades que tem. O domínio é o servidor que contem as informações que as pessoas desejam acessar quando digitam o endereço divulgado. Os componentes do domínio se organizam de acordo com seu nível e titular: .br; .org; etc. 

O Poderoso Chefão

            A trilogia de “O Poderoso Chefão” é espetacular. Os filmes mostram o cotidiano da família Corleone, uma das máfias mais conhecidas do século XX. O que muito me impressionou foi a união de criminalidade com princípios morais em apenas um contexto.
            Depreende-se da história que a ambição e inveja do ser humano podem levá-lo a ações impensadas, por isso são poucos que devemos confiar plenamente. Por outro lado, temos a família. A super valoração da família nos mostra o quanto é importante o laço sanguíneo, o sobrenome, a honra dos integrantes perante a sociedade, e que ela é nossa principal aliada.
            Em relação aos negócios, os filmes nos apresenta o profissionalismo. A separação entre a entidade e as relações pessoais é evidente, mesmo numa organização onde os principais integrantes são membros de uma mesma família. Além disso, é visto que a sucessão familiar é um processo difícil, recheado de especulações e conspirações.
As máfias tinham sua norma de conduta, seu regimento interno, que eram seguidos rigorosamente. Mas isso não afastava o intenso fator político que permeava as relações. A troca de favores; o jogo de interesses; o aproveitamento das brechas, leis mal feitas e justiça não feita, são muito bem apresentados. Aliás, política e história tem sua dose nas cenas sobre a primeira guerra, revolução cubana, artimanhas no Vaticano, surgimento de tecnologias e chegada da globalização.
Isso tudo me faz pensar que até a bandidagem de antigamente era diferente. As máfias, por exemplo, eram implacáveis, mas “justas”. Os chefões eram pessoas corretas fazendo o errado. Tinham princípios, embora muitos faziam tudo por dinheiro e eram assassinos natos. Há uma certa sofisticação nessas organizações criminosas.
Os filmes retratam também como o psicológico atingido por estresse e preocupação tortura as pessoas, como a mágoa é fator negativo para o nosso bem estar, e como agir pela razão e ser centrado pode ter um preço alto.
Enfim, é um filme que, apesar de ser sobre bandidagem, nos ensina sobre negócios, gestão, psicologia, política, história e família. Logo, é completo e educativo. Um dos melhores que já assisti!

3 de dezembro de 2013

Vieses da Economia

A economia parece ser uma ciência pautada em dois lados distintos, onde boas ações de um lado podem gerar impactos negativos do outro, e vice-versa. Por exemplo, inflação e emprego andam juntos, logo, o pleno emprego pode causar alta inflação. Isso é cruel! Por isso que o equilíbrio é a melhor saída para as questões econômicas, é o que chamamos de estabilidade.
O Brasil cresce economicamente, mas ainda não é o que esperamos e o que podemos. Mas parece que há uma forte questão cultural e educacional que freia o desenvolvimento, que é outra via de mão dupla. Se há mais instrução, alfabetização, tecnológica, temos maior desenvolvimento; mas é justamente o desenvolvimento um dos fatores que proporciona isso ao país. É um dos motivos de crescermos mais do que desenvolvemos.
Segundo a Super Interessante, O Brasil tem muitos números de país pobre, sonega 280 bilhões de dólares ao ano, gasta no congresso 4,4 bilhões de dólares, e muito mais é perdido em corrupção. Os impostos proporcionais à renda são menores que em outros países. Se fosse diferente, poderíamos arrecadar mais, pois o governo cobraria mais do rico e menos do pobre (Ex: IR), ao invés do “inverso” (Ex: ICMS).
Aqui entra outra questão sistemática. Nossa carga tributária é uma das mais altas do mundo. Mas por que isso? Andei pensando na resposta: o imposto é alto porque ninguém paga. Porém, ninguém paga porque o imposto é alto. E ninguém vai começar a pagar com a esperança de diminuir, e o governo não vai diminuir com a esperança do povo pagar. Além do fator imposto, o PIB é pouco e ainda tem que ser dividido para quase 200 milhões de habitantes. Dito isso, os impostos podem ser altos, mas não dão para muita coisa, pois o PIB é pequeno e a população é grande, por isso sobra pouco para investir em serviço proporcional a cada cidadão.
Diante desse contexto, os governantes ainda insistem no aumento de carga tributária, como a tentativa em São Paulo de aumento absurdo do IPTU (35%) e agora a proposta de regulamentação dos vendedores ambulantes que, é claro, não tem apenas cunho social. Parece-me uma tentativa desesperada de se financiar. Mas a questão não é ter muito dinheiro, mas gastar proporcional ao que tem, empregar melhor os recursos; melhor que isso, é gastar com aquilo que vai te trazer mais dinheiro: investimento. E nisso o Brasil peca em comparação à China, EUA, Alemanha, dentre outros.
Na minha mera opinião a postura econômica do Brasil tem que mudar, as políticas expansionistas devem dar mais espaço às políticas restritivas, como a contenção de gastos públicos, desestímulo ao consumo e aumento da taxa de juros, para conter um pouco esse caos capitalista em que a sociedade se transformou. Mas fala isso para um 'tal' indivíduo para ver se ele vai tirar o PT do poder. Nunca!
Por fim, entramos na última questão que quero colocar: isso tudo tem uma justificativa histórica. Temos grande herança de coronelismo, clientelismo, corrupção. Nossas maiores conquistas foram, no mínimo, “inusitadas, conturbadas ou apadrinhadas”. Seguimos voltados aos interesses individuais e, agora, até difusos, mas ainda pouco no que diz respeito a anseios para a nação como um todo. Temos apenas 30 anos de democracia efetiva, por isso digo que é difícil para cada cidadão mudar sua postura pelo bem maior. Mas também penso que sou muito afoito, pois uma grande mudança requer tempo. O importante é que demos a partida, um dia chegaremos lá.