11 de agosto de 2012

Administração: Nascimento e Conceito


            Os primeiros indícios da Administração foram descritos pelo francês Jules Henry Fayol, em seu livro “Administração Industrial e Geral”. Ele é considerado o pai da Administração e foi considerado um dos teóricos clássicos dessa ciência. Ele criou a atribuição de administrar uma organização. Fez isso principalmente através da estruturação das empresas, unidade de comando, divisão de setores e distinção das funções administrativas e funções não administrativas. O foco era  “organizar a organização” e não o processo produtivo.
Administrar é alcançar os objetivos através dos recursos disponíveis e identificar os erros para propor ajustes. A teoria profere que administrar se resume em prever (visar o futuro promissor e traçar o programa de ação), organizar (um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar), comandar (dirigir o pessoal), coordenar (harmonizar todos os atos e reforços) e controlar (fiscalizar para que tudo ocorra corretamente).
Existia 5 funções em uma fábrica até à obra de Fayol: técnica, comercial, financeira, segurança e contabilidade. Então, ele veio para instituir uma pessoa para integrar todas essas funções e criou a função administrativa, que tinha como responsabilidade a organização, centralização, planejamento, liderança, além de outros atributos identificados posteriormente.
Como diretor, o teórico analisou os dirigentes e pensou na divisão de trabalho na estrutura: dos mandatários aos empregados. Falava sobre a importância dos departamentos e da cadeia escalar, onde o proprietário da empresa não pode dar ordem ao subordinado do seu subordinado e nem o operário pode recorrer ao patrão do seu patrão. Por exemplo, caso seja necessário, somente o gerente da empresa deve passar o problema para o dono. Isso fica bem visualizado no organograma hierárquico de uma empresa (ver a figura). 
Uma fábrica deveria ter unidade de comando e direção. Ou seja, a necessidade de ter cada setor em uma empresa e que uma pessoa ou um grupo de pessoas deveriam ser subordinados a um chefe específico daquele setor. Ao contrário da Supervisão Funcional, proposta por Taylor, onde as pessoas poderiam obedecer as ordens de superiores de departamentos, áreas ou funções diferentes dentro de uma mesma organização.  A unidade de comando acaba com o ciúme institucional, isto é, quando o chefe de um departamento  pode dar palpite e interferir em outro departamento, coisa não impedida pela supervisão funcional.
A Administração Geral e Industrial propôs a organização da produção de acordo com a demanda. O que até então acontecia era a produção desordenada que acreditava que a procura pelo produto viria à medida que eles estivessem disponíveis. Em suma, “criar necessidade” e não “atender necessidade”.
Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais foi outro fator sobressalente na teoria abordada.  A organização envolvia muitas partes e pessoas, por isso era mais importante pensar no todo e se abdicar dos anseios pessoais. Foi dito ainda que a exploração é inevitável e um sempre se beneficiará em relação a outros, ao invés de manter a antiga postura de que o funcionário poderia crescer com a empresa e os dois evoluírem juntos, mas na realidade ocorrer exploração ferrenha.
O quadro pessoal era chamado de união de trabalhadores. Na remuneração, devia haver equidade de salários nas linhas de cargos. Ressaltava-se que o salário devia ser justo, ou seja, os chefes de departamentos deviam ganhar a mesma quantia, os empregados ganhar outra, etc. Essa equidade não diz respeito a todos de uma empresa ganhar o mesmo valor, pois o pressuposto é que os patrões tinham mais responsabilidades e por isso deviam ganhar mais, já os empregados faziam os produtos e trabalhavam incessantemente nas máquinas, mas não tem preocupação com a empresa, logo, ganham menos. Ou seja, significa uma espécie de remuneração justa de acordo com o nível de responsabilidade exigida.
Fayol acreditava ainda que só o dinheiro e, principalmente, o aumento de salário não satisfazia o empregado, pois o novo salário caia numa rotina que um mês depois não valeria tanto mais. Então, propôs alternativas: comissão, promoção, mudança de setor, extras, cestas básicas, etc.
Logo, foi exposto no texto os primórdios da Administração e as primeiras formas de gestão, que respaldava as indústrias de produção desordenada da época. Pôde-se ver a proposta de estruturação das empresas com um novo método de tratamento a empresas e indústrias: a Administração. A obra de Fayol possibilitou as subsequentes áreas da administração, níveis de influência da organização e teoria do sistema nas empresas.

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