Os
primeiros indícios da Administração foram descritos pelo francês Jules Henry
Fayol, em seu livro “Administração
Industrial e Geral”. Ele é considerado o pai da Administração e foi considerado
um dos teóricos clássicos dessa ciência. Ele criou a atribuição de administrar uma
organização. Fez isso principalmente através da estruturação das empresas, unidade de comando, divisão de setores e
distinção das funções administrativas e funções não administrativas. O foco
era “organizar a organização” e não o
processo produtivo.
Administrar é alcançar os
objetivos através dos recursos disponíveis e identificar os erros para propor
ajustes. A teoria profere que administrar se resume em prever (visar o futuro promissor e traçar o programa de ação), organizar (um lugar para cada coisa e
cada coisa em seu lugar), comandar
(dirigir o pessoal), coordenar (harmonizar
todos os atos e reforços) e controlar (fiscalizar
para que tudo ocorra corretamente).
Existia 5 funções em uma
fábrica até à obra de Fayol: técnica, comercial, financeira, segurança e
contabilidade. Então, ele veio para instituir uma pessoa para integrar todas
essas funções e criou a função
administrativa, que tinha como responsabilidade a organização,
centralização, planejamento, liderança, além de outros atributos identificados
posteriormente.
Como diretor, o teórico
analisou os dirigentes e pensou na
divisão de trabalho na estrutura: dos mandatários aos empregados. Falava
sobre a importância dos departamentos e da cadeia
escalar, onde o proprietário da empresa não pode dar ordem ao subordinado
do seu subordinado e nem o operário pode recorrer ao patrão do seu patrão. Por
exemplo, caso seja necessário, somente o gerente da empresa deve passar o problema
para o dono. Isso fica bem visualizado no organograma
hierárquico de uma empresa (ver a figura).
Uma fábrica deveria ter unidade de comando e direção. Ou seja, a
necessidade de ter cada setor em uma empresa e que uma pessoa ou um grupo de
pessoas deveriam ser subordinados a um chefe específico daquele setor. Ao
contrário da Supervisão Funcional, proposta por Taylor, onde as pessoas
poderiam obedecer as ordens de superiores de departamentos, áreas ou funções
diferentes dentro de uma mesma organização.
A unidade de comando acaba com o ciúme
institucional, isto é, quando o chefe de um departamento pode dar palpite e interferir em outro
departamento, coisa não impedida pela supervisão funcional.
A Administração Geral e
Industrial propôs a organização da produção de acordo com a demanda. O que até
então acontecia era a produção desordenada que acreditava que a procura pelo
produto viria à medida que eles estivessem disponíveis. Em suma, “criar
necessidade” e não “atender necessidade”.
Subordinação
dos interesses individuais aos interesses gerais foi
outro fator sobressalente na teoria abordada.
A organização envolvia muitas partes e pessoas, por isso era mais
importante pensar no todo e se abdicar dos anseios pessoais. Foi dito ainda que
a exploração é inevitável e um sempre se beneficiará em relação a outros, ao
invés de manter a antiga postura de que o funcionário poderia crescer com a
empresa e os dois evoluírem juntos, mas na realidade ocorrer exploração
ferrenha.
O quadro pessoal era chamado
de união de trabalhadores. Na remuneração, devia haver equidade de salários nas linhas de cargos. Ressaltava-se que o
salário devia ser justo, ou seja, os chefes de departamentos deviam ganhar a
mesma quantia, os empregados ganhar outra, etc. Essa equidade não diz respeito
a todos de uma empresa ganhar o mesmo valor, pois o pressuposto é que os
patrões tinham mais responsabilidades e por isso deviam ganhar mais, já os
empregados faziam os produtos e trabalhavam incessantemente nas máquinas, mas
não tem preocupação com a empresa, logo, ganham menos. Ou seja, significa uma
espécie de remuneração justa de
acordo com o nível de responsabilidade exigida.
Fayol acreditava ainda que
só o dinheiro e, principalmente, o aumento de salário não satisfazia o
empregado, pois o novo salário caia numa rotina que um mês depois não valeria
tanto mais. Então, propôs alternativas: comissão, promoção, mudança de setor,
extras, cestas básicas, etc.
Logo, foi exposto no texto os
primórdios da Administração e as primeiras formas de gestão, que respaldava as
indústrias de produção desordenada da época. Pôde-se ver a proposta de
estruturação das empresas com um novo método de tratamento a empresas e
indústrias: a Administração. A obra de Fayol possibilitou as subsequentes áreas
da administração, níveis de influência da organização e teoria do sistema nas
empresas.
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