30 de dezembro de 2013

https:www.domínio

            Muitas pessoas leem o endereço dos sites no navegador e não sabem o que significa aquelas palavras. Eu era uma dessas pessoas, mas acho que agora entendo um pouco a função dessa denominação do título deste texto.
         Há centenas de milhares de computadores interligados no mundo inteiro por uma rede – fenômeno conhecido como internet – que possibilita o acesso e a troca de informações. O sítio da web, chamado de “site”, que é um conjunto de páginas existentes numa teia por detrás da rede, pode ser acessado por um endereço (URL), que geralmente é visto por “https:www.domínio”. Esse texto é, basicamente, o que possibilita a busca segura de uma informação específica em um lugar de conteúdo vasto.
            O HTTP é o protocolo que transfere o conteúdo em formado de hipertexto, que contem elos com outros hipertextos, formando, assim, os hyperlinks. Aos clicar nos hyperlinks conseguimos acessar o que queremos, mas nos bastidores disso há a linguagem HTML, que produz esse tipo de texto. Ao digitarmos o endereço, esses textos dessa linguagem são mandados para o navegador, que transforma tais textos em um legível para os usuários.
           Entretanto, o “S” é adicionado ao HTTP para criptografar os códigos transmitidos e promover a segurança da operação. Com isso, temos a explicação HTTPS, que aparece inicialmente no nosso navegador.
           Em segundo lugar, temos o WWW - World Wide Web, ou simplesmente Web, que é uma teia de alcance mundial. Não se confunde com a internet porque o www é um modo de acessar e as informações da rede e uma forma de comunicação existente nela.            
             Por fim, temos o domínio. Ele é o endereço único e exclusivo utilizado para identificar sites na internet. O titular de cada site escolhe e paga pelo domínio, que são frases que ele pode escolher dentro das possibilidades que tem. O domínio é o servidor que contem as informações que as pessoas desejam acessar quando digitam o endereço divulgado. Os componentes do domínio se organizam de acordo com seu nível e titular: .br; .org; etc. 

O Poderoso Chefão

            A trilogia de “O Poderoso Chefão” é espetacular. Os filmes mostram o cotidiano da família Corleone, uma das máfias mais conhecidas do século XX. O que muito me impressionou foi a união de criminalidade com princípios morais em apenas um contexto.
            Depreende-se da história que a ambição e inveja do ser humano podem levá-lo a ações impensadas, por isso são poucos que devemos confiar plenamente. Por outro lado, temos a família. A super valoração da família nos mostra o quanto é importante o laço sanguíneo, o sobrenome, a honra dos integrantes perante a sociedade, e que ela é nossa principal aliada.
            Em relação aos negócios, os filmes nos apresenta o profissionalismo. A separação entre a entidade e as relações pessoais é evidente, mesmo numa organização onde os principais integrantes são membros de uma mesma família. Além disso, é visto que a sucessão familiar é um processo difícil, recheado de especulações e conspirações.
As máfias tinham sua norma de conduta, seu regimento interno, que eram seguidos rigorosamente. Mas isso não afastava o intenso fator político que permeava as relações. A troca de favores; o jogo de interesses; o aproveitamento das brechas, leis mal feitas e justiça não feita, são muito bem apresentados. Aliás, política e história tem sua dose nas cenas sobre a primeira guerra, revolução cubana, artimanhas no Vaticano, surgimento de tecnologias e chegada da globalização.
Isso tudo me faz pensar que até a bandidagem de antigamente era diferente. As máfias, por exemplo, eram implacáveis, mas “justas”. Os chefões eram pessoas corretas fazendo o errado. Tinham princípios, embora muitos faziam tudo por dinheiro e eram assassinos natos. Há uma certa sofisticação nessas organizações criminosas.
Os filmes retratam também como o psicológico atingido por estresse e preocupação tortura as pessoas, como a mágoa é fator negativo para o nosso bem estar, e como agir pela razão e ser centrado pode ter um preço alto.
Enfim, é um filme que, apesar de ser sobre bandidagem, nos ensina sobre negócios, gestão, psicologia, política, história e família. Logo, é completo e educativo. Um dos melhores que já assisti!

3 de dezembro de 2013

Vieses da Economia

A economia parece ser uma ciência pautada em dois lados distintos, onde boas ações de um lado podem gerar impactos negativos do outro, e vice-versa. Por exemplo, inflação e emprego andam juntos, logo, o pleno emprego pode causar alta inflação. Isso é cruel! Por isso que o equilíbrio é a melhor saída para as questões econômicas, é o que chamamos de estabilidade.
O Brasil cresce economicamente, mas ainda não é o que esperamos e o que podemos. Mas parece que há uma forte questão cultural e educacional que freia o desenvolvimento, que é outra via de mão dupla. Se há mais instrução, alfabetização, tecnológica, temos maior desenvolvimento; mas é justamente o desenvolvimento um dos fatores que proporciona isso ao país. É um dos motivos de crescermos mais do que desenvolvemos.
Segundo a Super Interessante, O Brasil tem muitos números de país pobre, sonega 280 bilhões de dólares ao ano, gasta no congresso 4,4 bilhões de dólares, e muito mais é perdido em corrupção. Os impostos proporcionais à renda são menores que em outros países. Se fosse diferente, poderíamos arrecadar mais, pois o governo cobraria mais do rico e menos do pobre (Ex: IR), ao invés do “inverso” (Ex: ICMS).
Aqui entra outra questão sistemática. Nossa carga tributária é uma das mais altas do mundo. Mas por que isso? Andei pensando na resposta: o imposto é alto porque ninguém paga. Porém, ninguém paga porque o imposto é alto. E ninguém vai começar a pagar com a esperança de diminuir, e o governo não vai diminuir com a esperança do povo pagar. Além do fator imposto, o PIB é pouco e ainda tem que ser dividido para quase 200 milhões de habitantes. Dito isso, os impostos podem ser altos, mas não dão para muita coisa, pois o PIB é pequeno e a população é grande, por isso sobra pouco para investir em serviço proporcional a cada cidadão.
Diante desse contexto, os governantes ainda insistem no aumento de carga tributária, como a tentativa em São Paulo de aumento absurdo do IPTU (35%) e agora a proposta de regulamentação dos vendedores ambulantes que, é claro, não tem apenas cunho social. Parece-me uma tentativa desesperada de se financiar. Mas a questão não é ter muito dinheiro, mas gastar proporcional ao que tem, empregar melhor os recursos; melhor que isso, é gastar com aquilo que vai te trazer mais dinheiro: investimento. E nisso o Brasil peca em comparação à China, EUA, Alemanha, dentre outros.
Na minha mera opinião a postura econômica do Brasil tem que mudar, as políticas expansionistas devem dar mais espaço às políticas restritivas, como a contenção de gastos públicos, desestímulo ao consumo e aumento da taxa de juros, para conter um pouco esse caos capitalista em que a sociedade se transformou. Mas fala isso para um 'tal' indivíduo para ver se ele vai tirar o PT do poder. Nunca!
Por fim, entramos na última questão que quero colocar: isso tudo tem uma justificativa histórica. Temos grande herança de coronelismo, clientelismo, corrupção. Nossas maiores conquistas foram, no mínimo, “inusitadas, conturbadas ou apadrinhadas”. Seguimos voltados aos interesses individuais e, agora, até difusos, mas ainda pouco no que diz respeito a anseios para a nação como um todo. Temos apenas 30 anos de democracia efetiva, por isso digo que é difícil para cada cidadão mudar sua postura pelo bem maior. Mas também penso que sou muito afoito, pois uma grande mudança requer tempo. O importante é que demos a partida, um dia chegaremos lá.

29 de novembro de 2013

Símbolo da Administração


          O símbolo do curso de Administração representa bem a proposta do curso e a essência da Administração. Esta é uma ciência que tem como técnica justamente a gestão, por isso não existe fórmula correta e exige equilíbrio entre pontos controversos.
A figura tem como base um “quadrado”. É a partir dele que chegamos ao símbolo. Ele representa uma estrutura básica, um sentido estático, um equilíbrio entre as características e funções da administração: organizar, planejar, analisar, controlar, coordenar, comandar, etc.
A partir disso chegamos ao que acho mais interessante no símbolo: a formação de quatro setas. Duas voltadas ao centro da forma, representando a convergência dos esforços, energias e recursos internos da empresa em prol de um objetivo comum. E duas que apontam para as laterais, que nos lembram que tais recursos e esforços devem ser direcionados também para o equilíbrio da organização com o ambiente externo.
Além disso, o símbolo nos permite interpretar que as setas apontadas para um centro, um núcleo, significa a importância de termos foco, ou saber o que queremos e ir em busca daquilo ignorando “todo” o resto. É o “saber muito de pouco”.  Em contrapartida, as setas apontadas para os lados nos adverte que, apesar do foco ser importante, devemos também nos interagir com o que estar ao nosso redor, outras ciências, culturas, para não nos tornamos alienados. É o “saber um pouco de tudo”.
Em suma, temos que a Administração é uma profissão complexa, que lida com vários aspectos distintos, tendo a missão de representa-los e conduzi-los com sucesso. É devido a essa posição de líder frente a vários pontos diferentes que acho o equilíbrio importantíssimo para o gestor. Por fim, segundo o CFA, a cor azul foi escolhida por representar a criatividade. 


29 de outubro de 2013

Não é apenas Árbitros

Hoje estou aqui não para falar bem dos árbitros de futebol, mas para reprovar a conduta da maioria dos jogadores brasileiros. É evidente que há corrupção no futebol, que árbitros se vendem a diretores de clube, que há mala branca, preta, e falta de preparação aos juízes para apitar os jogos. Entretanto, comecei a crer que os jogadores são a principal causa das ações incoerentes, lamentáveis e até incompetentes dos árbitros.
Jogadores de futebol são muito desonestos no exercício de sua profissão (talvez percam apenas para os políticos): enrolam na cobrança de lateral; fingem se machucar quando trombam no outro; cavam faltas; adiantam os passos no momento da cobrança de lateral; pegam a bola e jogam uns metros à frente na hora da falta rápida; dão passinhos para frente quando estão na barreira; enrolam na substituição; caso uma segunda bola caia no campo, os jogadores até então vencedores não a põe para fora; etc. Sem contar o goleiro, que demora no tiro de meta, e abusa da sua condição de não poder sair do campo.
Como exemplo, temos Rivaldo colocando a mão no rosto quando atingido na perna; Neto Berola se arrastando para dentro da área para parecer um pênalti; e muitas outras ações que não me lembro. Além disso, sempre tem um motivo para contestar o árbitro. Se ele der um cartão amarelo, os jogadores reclamam; se der falta, reclamam pedindo amarelo; se não der nada, reivindicam falta. Concordam com a postura do árbitro em poucos momentos, como quando levam amarelo por tirarem a camisa na comemoração do gol, ou quando o jogador adversário é avermelhado.
 
            O que também surpreende é a “balançada na cabeça”, sinalizando reprovação, depois que é feito algo que eles não gostaram. E os comentaristas e locutores? Dizem sempre algo do tipo: “Fulano, muito esperto, vai fazendo aquela cera. Que beleza!”. Enfim, os jogadores acham que sabem mais do que os árbitros, mas há muita coisa no futebol que é interpretação, critério. Eles deviam focar no jogo e deixar o juiz fazer o seu trabalho, reclamando apenas quando necessário, das formas corretas e eficazes. Isso reduziria a pressão, influência e o árbitro faria seu trabalho mais tranquilo, o que aumenta as chances de uma boa atuação, um bom jogo.
Por fim, digam-me, isso é fairplay? Para mim, essa reclamação exacerbada e sem motivo é jogo sujo; só prejudica. Algum árbitro deveria chamar a imprensa, colocar seu lado e expor essas atitudes. O pior é que esse tipo de comportamento no trabalho que faz a pessoa ganhar até 3 milhões de reais por mês, no Brasil. É, a cultura em um país é mesmo forte, e eu gosto de futebol, mas algumas coisas podiam ser diferentes por aqui. Apesar de tudo, não peço um Klose da vida, pois na Alemanha é outra realidade e, além de cultura, isso é questão de educação: consciência, gentileza, humildade, etc. E, cá para nós, é difícil exigir educação de jogador de futebol.

8 de outubro de 2013

Pluripartidarismo



     Depois da experiência com o Regime Militar e uma época de bipartidarismo forjado (Arena x MDB), o Brasil adotou o pluripartidarismo. Isso me faz pensar que a história nos arrastou para a liberdade de associação partidária, visto que o país passou muito tempo diante de uma autocracia e grandes restrições.
        Sendo assim, chego a acreditar que não poderia ter sido diferente, pois a tendência foi de aderir a democracia proporcionando a liberdade da forma mais plena possível. Contudo, sinto-me incomodado com o que presencio atualmente, pois há uma grande falta de ideologia e fidelidade partidária.
            Faltando um ano para as eleições, vimos transições de 52 deputados federais e 2 senadores; e criação de dois partidos políticos, salvo engano. Marina Silva, uma candidata forte à presidência, mostrou-se falha em planejamento quando não conseguiu instituir seu partido. Até três dias atrás tínhamos 32 partidos, que demonstram representar interesses políticos; interesse em ascensão utilizando a propaganda eleitoral; interesse financeiro em oferecer valores para a entrada de candidatos nos partidos; etc.
            Talvez muitas pessoas seriam obrigadas a filiar a um partido que não lhe agrade, se tivéssemos o bipartidarismo. Mas é praticamente isso que sinto com as grandes coligações em volta, principalmente, do PT e PSDB. Creio que uma mudança na instituição de partidos, ou até mesmo permissão de candidatura avulsa, são debates interessantes para a proposição da reforma política exigida nas manifestações.  
            Finalizo ressaltando que a limitação de partidos não fere direitos fundamentais, no meu entender. Até na democracia há limites (ou é onde mais há), mas o bipartidarismo também oferece escolha. Cabe a você se conhecer e saber a sua ideologia: liberal ou moderador, radical ou conservador, esquerda ou direita, socialista ou capitalista, democrata ou republicano. É por isso também que os EUA são uma das maiores representações democráticas da história.

“O poder é mesmo tão poderoso, ou o homem que é um ser frágil?”


18 de setembro de 2013

Guardinha de Trânsito

          Fui multado duas vezes este ano pelos guardinhas de trânsito. Sei bem que estou errado, porque estacionei em lugar proibido e não paguei o valor que a prefeitura cobra para estacionar em via pública: área azul rotativa. Mas ainda assim fiquei nervoso e com raiva. Então, pensei na razão desse nervosismo injustificado e encontrei alguns fatores que me fizeram pelo menos entender a situação.
         Primeiramente, não há contraprestação digna dos tributos que pagamos. A minha cidade tem um trânsito conturbado como nas grandes metrópoles, mas com um toque de agravante: asfalto ruim; trepidações; ruas apertadas; vias esburacadas; falta de sinalizações horizontais; distância muito pequena entre os semáforos; falta de grandes avenidas que liguem os polos da cidade; calçadas pequenas; faixas de pedestres há menos de cinquenta metros de semáforos, o que impossibilita a parada para a passagem das pessoas; dentre outros problemas.
            Em segundo lugar, o que ocorre é uma insuficiência de investimento em infraestrutura e transporte público. Parece-me que há uma falta de consciência dos gestores públicos no que diz respeito à mobilidade urbana, que se tornou uma questão recorrente e urgente, pois as cidades não suportarão a quantidade de automóveis próprios daqui a algum tempo. Sendo assim, deve-se primar pela extensão das vias e espaços, utilizando inclusive de desapropriações, se for necessário. Contudo, a principal medida é o aperfeiçoamento dos veículos coletivos, proporcionando segurança, eficiência, conforto, pontualidade, baixo custo. Se isso ocorrer, pessoas como eu serão instigadas a utilizarem o transporte coletivo ao invés de lotarem o trânsito, cada um no seu carro.
           Há ainda no Brasil uma política econômica consumista sem incentivo ao investimento. Vê-se concessão de crédito e redução de impostos para aquecer a economia, mas uma destruição no bem estar da sociedade. Esse consumo exagerado e, consequentemente, aumento da demanda pelos serviços relacionados (garagens, lava jato, etc), gera inflação. E isso tudo unindo à falta de contraprestação e investimento que falei anteriormente faz com que um cidadão como eu prefira estacionar errado ao invés de pagar cinco reais por dez minutos de estacionamento.
         Além disso, não há coerência e integração entre os governos municipais, estaduais e federal; pois à medida que este proporciona facilidades para compra de carros, agradando a indústria automobilística, aquele tem em suas mãos a administração de uma cidade despreparada, que torna-se superlotada e caótica. Creio que os consórcios públicos podem ajudar solucionar esse problema.
           Por fim, tem o fator que considero mais importante: a cultura. O jeitinho brasileiro de não seguir regra. É nesse fator que eu estou inserido, porque estacionei em lugar proibido. Considero o fator mais importante porque apenas com a mudança do comportamento das pessoas conseguiremos ter um ambiente melhor para se viver. Entretanto, como seguir as regras, com um sistema todo errado? Isso não justifica, é claro, mas ajuda a entender as ações erradas das pessoas. Para encerrar, trata-se não apenas do não cumprimento da regra, mas também do sistema que nos leva a transgredi-la, a falta de alternativas. O discurso politicamente correto é fácil; complicado é oferecer condições de vida tranquila e correta para as pessoas.

27 de agosto de 2013

A Medicina e o Capital


Os médicos aproveitaram do momento do Brasil e inseriram na pauta das manifestações o seu interesse de manipular o “mercado” hospitalar, permitindo a continuidade da escassez de recursos humanos nessa área para ficarem com certo poder de barganha.
É triste ouvir informações sobre a dificuldade de encontrar médicos disponíveis para cidades pequenas do interior, em cargos de remuneração até de trinta mil reais. Pior ainda é saber que houve onze mil inscrições de médicos em programas de saúde do governo, visando mostrar que não há falta deles no Brasil, após a decisão do governo de importar esses profissionais. Mas foi tarde. E, em resposta, a ministra de relações institucionais pediu investigação da policia federal para possíveis sabotagens no processo de inserção de médicos estrangeiros no Brasil. Justo!
Na verdade, toda aquela reivindicação contra os médicos estrangeiros tem uma explicação óbvia: o aumento de competitividade, pois nem o governo nem as pessoas dependerão da disponibilidade de médicos brasileiros. Teremos mais alternativas. E competitividade exige melhoria. Entretanto, o comodismo e imperícia de muitos serão afetados com essa exigência. E isso não é bom para a classe, não é mesmo? Devemos entender que esses são os efeitos da globalização, e medidas parecidas foram tomadas em setores da economia, como abertura para o capital estrangeiro, por governantes que são apoiados por pessoas que criticam Dilma hoje. E não está errado, uma vez que esse cenário competitivo instiga a melhoria contínua.
Parece ser difícil entender por que as reivindicações por melhores condições de trabalho e maior investimento em saúde implicam na não inserção de médicos estrangeiros. Eles encontrarão o mesmo cenário. Além disso, clínicos críticos já disseram que tratamento básico, que é o mais exigido em pequenas cidades, não requer estrutura muito ampliada, mas apenas vontade de trabalhar.
Sinto muito tratar isso tudo como um negócio, embora realmente seja. Mas há uma grande diferença nesse tipo de negócio, e os médicos manifestantes parecem não entender. Concorrentes devem ser parceiros, pois o bem maior é a vida ou saúde do cliente. O reconhecimento pessoal deve vir da vitalidade do paciente, e não do valor embolsado. É o tipo de negócio que não pode haver fila; que a oferta tem que ser sempre maior que a demanda; que o estabelecimento deve estar sempre vazio; que a maior rentabilidade de um nível de serviço de 80% deve ser abdicada em função do elevado custo advindo do nível de serviço total.
É por isso tudo que a medicina é tão especial. Mas o que vejo é a negligência de muitos valores, a perda da filosofia do amor na profissão, segundo Henrique Prata, gestor do hospital de câncer de Barretos. Conheço jovens talentosos e inteligentes que vão logo se interessando pela faculdade de medicina, mas estão longe de entender a verdadeira essência dessa profissão. Os protestos seriam justos se clamassem por estrutura, equipamentos, condições; mas não contra “companheiros” de Cuba. Que eles sejam bem-vindos. O capitalismo está corroendo a medicina! Espero que tenham entendido a mensagem. 

22 de julho de 2013

Pesar

Agora sim, a sensação de fim me angustia. Aparece uma tristeza que vem através de uma coisa na garganta. Uma leve vontade de chorar!  Por saber que no final das “férias” não estaremos juntos. Obrigado por fazerem parte da melhor noite, aliás, da melhor semana da minha vida. Arrisco ainda em dizer que foram os melhores anos, pois foram neles que minhas emoções afloraram, pois vivi as maiores tristezas e felicidades. Anteontem a alegria me dominou. E passou tão rápido. Esses quatro anos passaram rápido. Sinto algo estranho agora. Uma vontade de estar com a turma e uma tentativa de lembrar de algum momento que deveria ter feito mais. Tenho mania disso! Percebi que a jornada que acaba não é apenas de quatro anos, mas sim de dezoito anos de estudo. Por mais que continuaremos estudando, será um complemento, pois o trabalho prevalecerá. Enfim, não sei dizer ao certo o que sinto hoje, mas sempre que sinto isso me vem a música na cabeça: “Que preguiça de levantar, encarar a cidade, ter que rir para não chorar, meu amor que saudade, dar tristeza só de pensar...”. Não sei se lembram do meu texto* no início da faculdade, mas finalizo com essa frase: No meu tempo de faculdade... eu era feliz e sabia! Grande abraço a todos.





30 de junho de 2013

Agradecimentos da Formatura

O espaço que tive no encarte da formatura para agradecer as pessoas que contribuíram com a minha conquista foi muito reduzido frente ao quanto teria para agradecer. Assim, segue aqui os agradecimentos que estão na minha monografia.

Ao final de mais uma caminhada, olho para trás e vejo o quanto tenho a agradecer àqueles que conspiraram em meu benefício, para que eu pudesse chegar neste momento e colher os frutos do meu esforço.
Agradeço, primeiramente, aos meus pais. Queria saber as mais belas palavras para agradecer mamãe. Sou grato a ela pelo amor inestimável e sabedoria rara. Acreditou em mim quando eu duvidava e ofereceu o aconchego dos seus braços nos momentos mais difíceis. E a papai (in memoriam), meu orgulho, minha inspiração; quem me ensinou a enfrentar as dificuldades da vida com honestidade e determinação, e me mostrou as maiores virtudes de um homem. Foi exemplo de garra e caráter, e seu legado sempre norteará minhas atitudes.
Ao meu irmão Daniel, fonte da minha alegria, que me convence que as perdas não são tão grandes e que a angústia pode ser vencida, me fazendo rir nas piores horas. Aos demais familiares, que relevam o laço sanguíneo e não hesitam em ajudar. Especialmente ao Tio Gilmar, pessoa centrada e equilibrada que, por meio dos conselhos sensatos, elucida-me que toda escolha tem uma abdicação e que se deve focar na decisão e acreditar em si; ao Tio Juvenal, que me admira com sua emotividade; a Tia Elnice, por doar a vida ao meu pai; e a meu primo Fernando, considerado um irmão.
Sou grato também à Camila, pelo carinho e compreensão, suportando a minha falta e ouvindo meus conflitos. Aos grandes amigos Diego, Santa Rosa, Menderson, Xu, Foshi, Matheus, César, Henrique, Leon, Flokus, Thiago, Heron e Baia que, sinceramente, torceram por mim e me acompanharam com cumplicidade. Aos companheiros da natação, que me mostraram a magia do esporte atuando na união e persistência.
Aos mestres, à EJU e ao Grupo Tilico, por colaborarem no desenvolvimento das minhas competências. À minha orientadora Simarly, por me acrescentar conhecimento neste trabalho, em sala de aula, e em atividades de extensão. Aos colegas da faculdade, que vivenciaram de perto e cooperaram com meu intenso processo de maturidade. E, acima de tudo, a Deus, que se mostrou presente nos momentos de fraqueza psicológica e me abençoou ao proporcionar pessoas tão maravilhosas em minha vida.
Enfim, agradeço a todos que fazem parte de mim e colaboraram de alguma forma com a conclusão dessa trajetória. Pessoas que me ajudaram a ser melhor. Fui apenas o instrumento dessa conquista, ela é de vocês!

Reflexão sobre o Resultado dos Protestos

Felipe de Almeida Araújo
Acadêmico de Administração
23 anos

Além dos três poderes propostos por Montesquieu – Executivo, Legislativo e Judiciário – observa-se também um quarto poder, o da mídia. Em complemento, havia até hoje no Brasil um poder coadjuvante, o do povo.
O grande problema de um sistema corrupto é que “existe espaço” para quem aprova as leis embolsar dinheiro para votar segundo o interesse de quem a aplica. Quem julga qualquer caso que fuja às leis pode receber propina da própria parte investigada, em benefício de ambos. E a mídia ganhará sua parte para tornar a sociedade alienada que, diga-se de passagem, é quem financia todo o sistema corrupto pensando erroneamente que esse capital é revestido em benefícios para si.
Se qualquer uma das partes envolvidas no sistema quiser fazer justiça, abrindo mão de benefícios ilícitos, o sistema quebra. O povo, passivo de todo este esquema até então, é a parte prejudicada. Entretanto, essas manifestações trouxeram a atuação do poder do povo, que poderá usar melhor a sua única arma: o voto.
No atual cenário político brasileiro, vê-se uma enorme conscientização do povo para assuntos que envolvem a gestão pública, como para as leis que estão sendo discutidas no Congresso Nacional. Essa conscientização fere o poder da mídia. E o povo, com sua arma, passará a ter um poder mais atuante, e entrará no esquema de troca de benefícios, pois os representantes políticos, a fim de se manterem em seus cargos, responderão aos interesses do povo.

29 de maio de 2013

Emoção de Maratona

            No último domingo participei de uma competição de natação no Clube Max-Min. Na verdade, foi uma maratona, na qual os atletas reversaram por uma hora. Fizemos cinco mil metros e uns quebrados nesse tempo e tivemos uma vitória inesperada, pois tal competição não exige apenas velocidade, mas principalmente técnica e fundamentos. Foi emoção!
Embora eu tenha participado apenas de duas competições desse tipo, acho extremamente legal, em função da diversão e integração que se tem. Ademais, esta revelou na minha equipe uns dos fatores que mais acho espetacular no esporte: determinação, persistência, espírito de equipe e união.
Independentemente da perspectiva inicial de resultado e de polêmicas posteriores, é inevitável que o mais louvável veio do comportamento desportivo munido de humildade, esforço para alcançar o objetivo, e comemoração devida.  Enfim, há quem diga que não há trabalho em equipe na natação. Haha


6 de maio de 2013

Declaração polêmica em virtude da parcialidade midiática


No jogo São Paulo x Atlético-MG, pela Libertadores 2013, Ronaldinho Gaúcho fez uma declaração polêmica no intervalo. Eu assisti a partida pelo Sportv e percebi uma certa distância entre a fala do jogador e a fala dos comentaristas esportivos no que diz respeito ao significado do que foi dito e intenção do atleta. Primeiramente, segue abaixo a transcrição “literal” e parcial do que ele falou:
“É um grande treino pra próxima fase, pra gente. (...) Penso que qualquer adversário que vier na próxima fase vai ser muito duro. Então a gente tem que pegar esse jogo e se divertir, e não ficar... sofrendo. (...) A gente não tem nada a perder. (...) E jogar com alegria, coisa que ta faltando.”
A partir dessas palavras, chegou-se em “ele disse que só estava brincando”, “ele subestimou o time do São Paulo”, “ele disse que o jogo não valia nada”, dentre outros comentários um pouco distorcidos e com tons agressivos. Porém, essas mesmas pessoas são aquelas que dizem “hoje não há mais futebol bonito, arte, onde os jogadores se divertem”, “treinadores espertos usam alguns jogos para fazer o jogador pegar ritmo; fazer reajustes no time, etc.”. Isto é, se divertir; jogar um grande treino; respectivamente.
O fato é que eles não pensam nisso. Vi poucos jornalistas reverenciando Ronaldo Gaúcho, dizendo que ele não costuma fazer isso; que talvez tenha dito por impulso; ou que pode ter expressado mal. Não, o que eles querem é burburinho, afinal, o dinheiro todo que rola em torna disso não é pouco. Além disso, trata-se de uma “ofensa” a um time paulista, que em 2013 ainda não resolveu jogar bola e precisa de um empurrãozinho dos amigos.
A mídia brasileira é ótima em fazer transformações da fala das pessoas usando a interpretação dos seus agentes, para gerar uma reportagem, semanticamente, próxima à fonte da informação, mas um tanto quanto tendenciosa. Por isso várias vezes vemos artistas sendo mal-educados com repórteres. Eles devem ter os seus motivos. Aliás, não conheço veículos de comunicação imparcial na imprensa brasileira. Mas também, o que esperar de uma imprensa que teve suas raízes em um estado autoritário e foi criada justamente para o contrario do que deveria ser sua finalidade: censura e repressão.
Atualmente está mais ameno, não só pelo mundo globalizado e regime de Governo que vivemos, mas também pelo aperfeiçoamento de técnicas de persuasão. Entretanto, ainda assim é perceptível tendenciosidade, sensacionalismo, e até mesmo imposições. Como exemplo, dita-se Veja, Carta Capital, Jornal Nacional, Jogo Aberto, etc. Se o interlocutor não tiver outras fontes de informação, personalidade forte e senso crítico, simplesmente toma para si o publicado. “Quem são eles? Quem eles pensam que são?”.
Eu não sei se isso tudo é questão de educação, isto é, de ser honesto à pessoa fonte da notícia e ao receptor da informação. Não sei se é intrínseco a determinados assuntos, como futebol, política e religião. E não sei se é mera consequência da liberdade de expressão. Mas está aí uma alerta aos profissionais de comunicação social e, especialmente, jornalismo. Penso que a principal intenção deve ser honrar um dos objetivos principais desse ramo de atividade – proporcionar o acesso à informação limpa, pois com certeza também terá boa renda e grande repercussão vinda de tal profissional.
Ao divulgar um ato, deve ser passado criteriosamente como aconteceu e não carregado de opiniões daquele que emite, para que outros tenham a liberdade de tirar suas conclusões. Dessa forma, teremos uma sociedade mais esclarecida e discursiva. Inclusive, esta aí uma boa oportunidade de negócio: veículo de comunicação imparcial. Por exemplo, uma revista que exponha os fatos e apresente os dois lados da moeda.
Falando nisso, não quero humanizar a figura de Ronaldinho Gaúcho. Talvez ele tivesse mesmo a intenção de humilhar, ou de conseguir uma justificativa por não ter jogado muito naquele jogo. O que eu queria mesmo era mostrar minha opinião sobre a polêmica, apresentar o outro lado que pouco apareceu e, de bagagem, fazer uma crítica (para não perder o costume!). Enfim, agir diferente dos fantoches da imprensa.
Por fim, o jogo tão esperado aconteceu, o Galo ganhou, estamos felizes! Isso é o importante. Pelo menos, até então, nada dos humores negativos surtiu efeito. O Galo segue forte na Libertadores. Contamos com o maestro para continuar proporcionando essa integração, alegria, competência e sabedoria do time: Cuca. O cara merece ser campeão, e o time também! Vamos agora para o próximo jogo, porque é partida importante em casa e “Caiu no Horto, tá morto!”



Bica eles, Galo Doido!!!