1 de novembro de 2012

A Atual Mão-de-Obra




Há alguns séculos tínhamos casos extremos de exploração nas relações de trabalho, como a escravidão. O tempo passou e chegarmos em 1930, quando Getúlio Vargas iniciou os sindicatos, leis trabalhistas e proteção aos trabalhadores que até então eram totalmente inexpressivos. Porém, ainda assim havia resquícios de fábricas que exploravam os trabalhadores.
Atualmente, o acesso a informações está mais fácil, as pessoas estão mais instruídas e, principalmente, buscam saber das leis que protejam seus interesses. O fato é que algumas leis trabalhistas são falhas e proporcionam comodismo às pessoas. Isso me faz pensar que a situação se inverteu: hoje há muitos empregados que agem de má fé com os empregadores.
O processo de desenvolvimento do Brasil traz com ele pessoas mais preguiçosas, justamente por encontrarem melhores condições de trabalho. Os empregadores tem dificuldades de contratar e gerir pessoas, mesmo aumentando a oferta de salários e embasando em qualquer teoria de recursos humanos funcional e comportamental.
O que se percebe é que com as coisas mais fáceis, o desenvolvimento, o status, a mobilidade social, a distribuição de renda e as oportunidades, as pessoas almejam sucesso e tem perspectiva, e isso é bom. O ruim é que me parece que muitos não estão dispostos a buscar o além, passar por dificuldades e encarar desafios. Não entendem que se deve começar do inicio, por baixo, tirando de onde passa o máximo de aprendizado para crescer. Poucos se abdicam ou submetem a algo.
Quantas vezes eu já percebi que o trabalho só existe em troca de salário para algumas pessoas, e que elas ainda culpam o empregador por não ter políticas que as motivem. A motivação quase sempre vem de dentro, da vontade de aprender e prosperar, da ciência de que o maior beneficiado do emprego pode ser o empregado.
Digo isso porque, no contexto econômico atual, quem tem essa postura se deslancha profissionalmente rapidinho. Há quem diga que o índice de desemprego é alto, ele é alto para pessoas desqualificadas e estagnadas, mas para quem busca capacitação, há excesso de vagas de emprego.
Creio que o perfil dos trabalhadores e dificuldade de mão de obra qualificada é inerente à posição de país emergente que o Brasil se encaixa. Estamos em meio à transição, onde ainda não importamos imigrantes que venham fazer os trabalhos menos reconhecidos e ignorados - assim como os EUA faziam há 15 anos; e também há falta de trabalhadores capazes de exercer cargos altos. Por consequência, vejo pessoas que não querem o primeiro e não conseguem o segundo. Assim, há um vazio de mão de obra em alguns ramos e portes empresariais, assim como em algumas classes trabalhistas.
Por fim, não estou falando que patrões exploram e empregados são submissos, muito menos que os empregados são indolentes e os chefes prejudicados. Estou falando que deveria ter uma pré-disposição das partes para o crescimento pessoal, profissional e nacional, visando o bem comum e a melhor resolução das questões trabalhistas, e não o apego a interesses próprios. 


“É triste pensar que as próprias pessoas me fazem acreditar que o tratamento certo no meio empresarial é o impessoal”

Utilidade dos Seminários


Seminário só é interessante em nível de aprendizagem para quem apresenta - e também para o professor, que não precisa dar a aula sobre o assunto. Pois é preciso estudar muito e fixar o que estudou para repassar. Ensinando se aprende mais.
Quando apresentamos, ouvimos (dicas do professor, comentários de colegas e debates em sala), lemos (material encaminhado, livros indicados), falamos (a hora da apresentação), e fazemos (elaboração de slides, sínteses). Ou seja, todas as formas de absorção da informação, o que ajuda a retê-la.
É claro que essa absorção é de apenas uma parte do conhecimento, uma vez que o tema direcionado ao grupo é um diante vários distribuídos na sala, e a parte direcionada à pessoa é uma diante as partes do grupo dela. Isto é, ela aprenderá muito, mas de um assunto específico, a não ser que o professor tenha algum método para inibir isso como, por exemplo, o sorteio. Mas, ainda assim, é uma forma de aprendizagem relevante devido a intensidade do estudo.
Aos que assistem, cabe respeitar e conter aquela vontade de dormir.
Enfim, é difícil admitir, mas os seminários são úteis para quem apresenta no que diz respeito ao conhecimento, por isso tornam-se necessários.