14 de janeiro de 2013

O Percurso Econômico na História Moderna e Contemporânea

Até meados do século XVIII o modo de produção era artesanal e os fabricantes construíam os produtos em suas casas ou oficinas. A demanda passou a ser crescente devido à atração daqueles artefatos, ao surgimento da necessidade de adquiri-los e à evolução do capitalismo.
Após a Revolução Industrial, percebeu-se a ocorrência de muita produção e negligência da mensuração da demanda, pois se acreditava que quanto mais se produzia, mais as pessoas comprariam os produtos. Essa mentalidade foi baseada nas teorias liberalistas.
Em 1929 aconteceu a maior crise econômica de todos os tempos, justamente devido ao excesso de produção. Para resolver o problema, Keynes trouxe um novo pensamento: produzir de acordo com a demanda. Assim, a procura passou a ser o "ponto chave"; não a produção.
Ao se chegar nas últimas décadas do século XXI, houve o aumento do fluxo de informações, surgimento de novas tecnologias, emergência de países como China, Brasil, Índia, México, etc. Assim, a globalização e os produtos automáticos, eletrônicos e sofisticados incitaram o aumento do consumo. As pessoas se tornaram cada vez mais consumistas.
Para atender a ascendência do consumo, as empresas contemporâneas se viram na obrigação de aumentar sua produção. Em complemento, o modelo neoliberal permite que o governo também entre em cena, por exemplo, tentando frear a inflação promovida pelo alto índice de consumo. Dessa forma, tem-se maior geração de competitividade e menor iminência de crise.
Atualmente, percebe-se a existência dessa produção controlada, mas ainda assim se tornando maior que a demanda. Isso é devido aos novos produtos que são lançados frequentemente para deixarem as empresas mais competitivas.
Essa competitividade exige que as empresas se diferenciem e ampliem seus mercados. Para tanto, elas buscam novas demandas, oferecendo produtos e serviços criativos, inovadores, e até customizados. Ou seja, ofertas diferentes do que é visto nas outras empresas.  O livro “A Estratégia do Oceano Azul”, de Renée Mauborgne e W. Chan Kim, trás essa reflexão e mostra como a gestão estratégica é importante para alcançar esse objetivo.
Logo, andei refletindo: esse livro é referência e aconselha a produção como requisito de geração de uma nova demanda, ao invés de apoiar a produção embasada na demanda existente. Será que estamos começando tudo de novo, como na era artesanal?