A
trilogia de “O Poderoso Chefão” é espetacular. Os filmes mostram o cotidiano da
família Corleone, uma das máfias mais conhecidas do século XX. O que muito me
impressionou foi a união de criminalidade com princípios morais em apenas um
contexto.
Depreende-se
da história que a ambição e inveja do ser humano podem levá-lo a ações
impensadas, por isso são poucos que devemos confiar plenamente. Por outro lado,
temos a família. A super valoração da família nos mostra o quanto é importante
o laço sanguíneo, o sobrenome, a honra dos integrantes perante a sociedade, e
que ela é nossa principal aliada.
Em
relação aos negócios, os filmes nos apresenta o profissionalismo. A separação
entre a entidade e as relações pessoais é evidente, mesmo numa organização onde
os principais integrantes são membros de uma mesma família. Além disso, é visto
que a sucessão familiar é um processo difícil, recheado de especulações e
conspirações.
As máfias tinham sua norma
de conduta, seu regimento interno, que eram seguidos rigorosamente. Mas isso
não afastava o intenso fator político que permeava as relações. A troca de
favores; o jogo de interesses; o aproveitamento das brechas, leis mal feitas e
justiça não feita, são muito bem apresentados. Aliás, política e história tem
sua dose nas cenas sobre a primeira guerra, revolução cubana, artimanhas no
Vaticano, surgimento de tecnologias e chegada da globalização.
Isso tudo me faz pensar que
até a bandidagem de antigamente era diferente. As máfias, por exemplo, eram
implacáveis, mas “justas”. Os chefões eram pessoas corretas fazendo o errado.
Tinham princípios, embora muitos faziam tudo por dinheiro e eram assassinos
natos. Há uma certa sofisticação nessas organizações criminosas.
Os filmes retratam também
como o psicológico atingido por estresse e preocupação tortura as pessoas, como
a mágoa é fator negativo para o nosso bem estar, e como agir pela razão e ser
centrado pode ter um preço alto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário