A economia parece ser uma
ciência pautada em dois lados distintos, onde boas ações de um lado podem gerar
impactos negativos do outro, e vice-versa. Por exemplo, inflação e emprego
andam juntos, logo, o pleno emprego pode causar alta inflação. Isso é cruel!
Por isso que o equilíbrio é a melhor saída para as questões econômicas, é o que
chamamos de estabilidade.
O Brasil cresce economicamente,
mas ainda não é o que esperamos e o que podemos. Mas parece que há uma forte
questão cultural e educacional que freia o desenvolvimento, que é outra via de
mão dupla. Se há mais instrução, alfabetização, tecnológica, temos maior
desenvolvimento; mas é justamente o desenvolvimento um dos fatores que
proporciona isso ao país. É um dos motivos de crescermos mais do que
desenvolvemos.
Segundo a Super Interessante,
O Brasil tem muitos números de país pobre, sonega 280 bilhões de dólares ao ano,
gasta no congresso 4,4 bilhões de dólares, e muito mais é perdido em corrupção.
Os impostos proporcionais à renda são menores que em outros países. Se fosse
diferente, poderíamos arrecadar mais, pois o governo cobraria mais do rico e menos
do pobre (Ex: IR), ao invés do “inverso” (Ex: ICMS).
Aqui entra outra questão
sistemática. Nossa carga tributária é uma das mais altas do mundo. Mas por que
isso? Andei pensando na resposta: o imposto é alto porque ninguém paga. Porém,
ninguém paga porque o imposto é alto. E ninguém vai começar a pagar com a
esperança de diminuir, e o governo não vai diminuir com a esperança do povo
pagar. Além do fator imposto, o PIB é pouco e ainda tem que ser dividido para
quase 200 milhões de habitantes. Dito isso, os impostos podem ser altos, mas não
dão para muita coisa, pois o PIB é pequeno e a população é grande, por isso sobra
pouco para investir em serviço proporcional a cada cidadão.
Diante desse contexto, os
governantes ainda insistem no aumento de carga tributária, como a tentativa em
São Paulo de aumento absurdo do IPTU (35%) e agora a proposta de regulamentação
dos vendedores ambulantes que, é claro, não tem apenas cunho social. Parece-me
uma tentativa desesperada de se financiar. Mas a questão não é ter muito
dinheiro, mas gastar proporcional ao que tem, empregar melhor os recursos;
melhor que isso, é gastar com aquilo que vai te trazer mais dinheiro:
investimento. E nisso o Brasil peca em comparação à China, EUA,
Alemanha, dentre outros.
Na minha mera opinião a
postura econômica do Brasil tem que mudar, as políticas expansionistas devem
dar mais espaço às políticas restritivas, como a contenção de gastos públicos,
desestímulo ao consumo e aumento da taxa de juros, para conter um pouco esse
caos capitalista em que a sociedade se transformou. Mas fala isso para um 'tal' indivíduo para ver se ele vai tirar o PT do poder. Nunca!
Por fim, entramos na última
questão que quero colocar: isso tudo tem uma justificativa histórica. Temos
grande herança de coronelismo, clientelismo, corrupção. Nossas maiores
conquistas foram, no mínimo, “inusitadas, conturbadas ou apadrinhadas”.
Seguimos voltados aos interesses individuais e, agora, até difusos, mas ainda
pouco no que diz respeito a anseios para a nação como um todo. Temos apenas 30
anos de democracia efetiva, por isso digo que é difícil para cada cidadão mudar
sua postura pelo bem maior. Mas também penso que sou muito afoito, pois uma
grande mudança requer tempo. O importante é que demos a partida, um dia chegaremos
lá.
Para qualquer sucesso econômico ou social é preciso um líder para guiar, controlar ou regulamentar. Essa é, entre outras,
ResponderExcluira semelhança entre Hitler e Napoleão. Países governados por esses que tiveram grande crescimento em épocas desacreditadas e conturbadas. Se a esfera política é uma reflexão do cidadão em geral, de onde deve surgir o início da mudança?
Grande abraço! Sou seu fã.