8 de outubro de 2013

Pluripartidarismo



     Depois da experiência com o Regime Militar e uma época de bipartidarismo forjado (Arena x MDB), o Brasil adotou o pluripartidarismo. Isso me faz pensar que a história nos arrastou para a liberdade de associação partidária, visto que o país passou muito tempo diante de uma autocracia e grandes restrições.
        Sendo assim, chego a acreditar que não poderia ter sido diferente, pois a tendência foi de aderir a democracia proporcionando a liberdade da forma mais plena possível. Contudo, sinto-me incomodado com o que presencio atualmente, pois há uma grande falta de ideologia e fidelidade partidária.
            Faltando um ano para as eleições, vimos transições de 52 deputados federais e 2 senadores; e criação de dois partidos políticos, salvo engano. Marina Silva, uma candidata forte à presidência, mostrou-se falha em planejamento quando não conseguiu instituir seu partido. Até três dias atrás tínhamos 32 partidos, que demonstram representar interesses políticos; interesse em ascensão utilizando a propaganda eleitoral; interesse financeiro em oferecer valores para a entrada de candidatos nos partidos; etc.
            Talvez muitas pessoas seriam obrigadas a filiar a um partido que não lhe agrade, se tivéssemos o bipartidarismo. Mas é praticamente isso que sinto com as grandes coligações em volta, principalmente, do PT e PSDB. Creio que uma mudança na instituição de partidos, ou até mesmo permissão de candidatura avulsa, são debates interessantes para a proposição da reforma política exigida nas manifestações.  
            Finalizo ressaltando que a limitação de partidos não fere direitos fundamentais, no meu entender. Até na democracia há limites (ou é onde mais há), mas o bipartidarismo também oferece escolha. Cabe a você se conhecer e saber a sua ideologia: liberal ou moderador, radical ou conservador, esquerda ou direita, socialista ou capitalista, democrata ou republicano. É por isso também que os EUA são uma das maiores representações democráticas da história.

“O poder é mesmo tão poderoso, ou o homem que é um ser frágil?”


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