Assisti um raro DVD de
Legião Urbana e Paralamas do Sucesso juntos no palco em 1985 e observei algumas
coisas incríveis. Depois disso, afirmo que houve boas mudanças envolvendo o
desenvolvimento do Brasil, mas algo mudou para pior nas pessoas e nas músicas.
As músicas eram mais
interessantes, o ambiente mais saudável, as pessoas mais naturais e unidas.
Parece que havia mais sensação, mais emoção. Talvez isso tudo, principalmente a
qualidade das músicas, seja fruto do contexto político da época. Entretanto,
hoje há assuntos importantes a serem abordados nas canções como corrupção,
globalização, meio ambiente e até mesmo o tema “amor” em melodias
interessantes. Mas poucos os fazem.
Analisando o comportamento das pessoas nesse DVD, percebi que as danças, cabelos e roupas não seguiam estereótipos; que as pessoas eram mais elas mesmas; que havia menos represálias e mais autenticidade; que não tinham brigas nos shows como hoje e até o errado que ocorria com drogas e rebeldias era com uma consciência política. Jovens queriam mudar algo e para isso tinham que se mostrar de alguma forma.
Talvez o perfil de revolta e luta em grupo que vários cidadãos tinham foi um fato importante para a evolução do país, mas também a freava. Quando cada um destes se tornou egocêntrico, buscou fazer sua parte, cansou de lutar em conjunto e passou a lutar por si próprio, conseguiu-se mais instrução, conhecimento, profissionalismo, sofisticação para o Brasil como um todo. Ações individuais que trouxeram consequências coletivas (negativas e positivas), felizmente ou infelizmente!
Em síntese, toda evolução provinda da nova forma de viver e alguns aspectos da sociedade é inversamente proporcional à verdadeira essência do ser humano e músicas reflexivas.
Será que o melhoramento do mundo é consequência do pioramento das pessoas e das músicas? Aliás, o pioramento das pessoas e das músicas é efeito do melhoramento do mundo? Será que nos perderemos entre monstros da nossa própria criação? Será?
Analisando o comportamento das pessoas nesse DVD, percebi que as danças, cabelos e roupas não seguiam estereótipos; que as pessoas eram mais elas mesmas; que havia menos represálias e mais autenticidade; que não tinham brigas nos shows como hoje e até o errado que ocorria com drogas e rebeldias era com uma consciência política. Jovens queriam mudar algo e para isso tinham que se mostrar de alguma forma.
Talvez o perfil de revolta e luta em grupo que vários cidadãos tinham foi um fato importante para a evolução do país, mas também a freava. Quando cada um destes se tornou egocêntrico, buscou fazer sua parte, cansou de lutar em conjunto e passou a lutar por si próprio, conseguiu-se mais instrução, conhecimento, profissionalismo, sofisticação para o Brasil como um todo. Ações individuais que trouxeram consequências coletivas (negativas e positivas), felizmente ou infelizmente!
Em síntese, toda evolução provinda da nova forma de viver e alguns aspectos da sociedade é inversamente proporcional à verdadeira essência do ser humano e músicas reflexivas.
Será que o melhoramento do mundo é consequência do pioramento das pessoas e das músicas? Aliás, o pioramento das pessoas e das músicas é efeito do melhoramento do mundo? Será que nos perderemos entre monstros da nossa própria criação? Será?
ô meu Brother... Falaí. Concordo muito em parte contigo... Acho que sim, existiu sim um movimento fodástico (e importantíssimo no Brasil) sim que foi o Rock dos anos 80 e início dos anos 90. Grandes bandas como Legião Urbana, Barão Vermelho, Capital Inicial, RPM, Ultrage à Rigor entre tantas outras criaram a base do "rock dos anos 80" que nós temos hoje. Em compensação, tem muita gente muito boa no mercado por aí hoje. Só que a divulgação e a "duração" delas é muito menor que antes. Antes se você fazia alguma música, você ficava pelo menos 1 mês para que ela ficasse conhecida e tocasse na rádio ou seja lá aonde for. Hoje, se você faz uma música, no mesmo instante do outro lado do mundo um japonês já pode tá ouvindo. É a cultura do 'do it now'. Não tô falando que é melhor ou que seria melhor se elas tivessem aqui, agora. Mas, não sei se elas teriam tanto sucesso (com exceção dos grandes artistas e tal) igual fariam antes... O meu ponto é: eles tiveram sim uma importância fodida, mas em contraponto tem muito artista "bom ou regular" por aí. Que podem ser considerados daqui a 10, 20 anos tão bons quanto. Tulipa Ruiz, Cachorro Grande(que é mais antigo, mas considerando os últimos 10 anos...), Manacá, Manitu (banda mais regional, não sei se você conhece), Marcelo Camelo(o ícone dos hipsters), Marcelo Jeneci, Maria Gadu, Eu e a Banda, Céu, Cícero, Dias de Truta, Mallu Magalhães, Maskavo, Móveis Coloniais de Acaju, Nando Reis (apesar de não ser muito "dessa época, até hoje faz sucesso e até hoje lança música), Natiruts, O Rappa, O Teatro Mágico(esse aqui só tá aqui porque ele é pra um público bem "seleto", mas ainda assim), Onda-R(reggae...)... Se você gostar de uma música instrumental ainda, eu conheço umas duas bandas: Macaco Bong, Pata de Elefante... Enfim. Meu ponto é. Sim, existe música de qualidade. Mas como o mercado é muito volátil, não dá tempo de se "absorvê-la". Porque antes, uma música ficava tocando uma semana, duas semanas na rádio. Hoje, se não agradar, é uma vez só. E ela já é substituída porque já tem 500 outras novas.
ResponderExcluirOhhhh meu brother... Que honra!
ResponderExcluirConcordo com você, em partes. Acho que muito se deve também ao contexto político e social que as bandas mais antigas viviam e, principalmente, por ter sido um rit inovador na época. Hoje, o momento não é dessas bandas que você disse, e naquela época o momento era das bandas que eu me refiro. O momento de hoje (o inovador) é sertanejo universitário, arrocha, funk, eletrônica, dentre outros; o que ajuda a esconder esses talentos "bons ou regulares". Entretanto, mesmo com essas dificuldades que as bandas boas atuais sofrem, acho incomparável com aquelas que ouvimos. Hehe
Grande abraço!