28 de abril de 2012

"Interprete como quiser, mas não julgue como entender"

Certa vez, vi numa rede social uma dessas pessoas de ensino médio - com aquela postura de viver a vida e que se dane o resto do mundo - postando essa frase e comecei a refletir sobre ela, daí surgiu este texto.
Bom, nem tudo é como a pessoa pensa que é em relação ao que a outra diz ser, apenas pelo fato de sua interpretação. As pessoas são subjetivas, é como “não existir verdade, mas sim versões diferentes”, então, ela pode interpretar as ações ou palavras da outra da forma que cabe a ela, de acordo com a crença e criação que teve. Porém, não pode julgar. Isto é, dizer se é certo ou errado em razão da mesma subjetividade que promoveu a interpretação.
Mas o principal objetivo dessa frase não é impedir as pessoas de julgarem as outras de forma errada, mas sim fazer com que essas pessoas julguem as outras da forma como as outras queiram ser julgadas. Toda situação é ampla ao ponto de ter várias interpretações, e as pessoas mais persuasivas, por exemplo, querem convencer as outras de que a idéia dela é a certa, isto é, induzí-las a uma interpretação. Mas também, há outro lado, o fato de as pessoas realmente julgarem errado, aliás, de uma forma peculiar equivocada para o senso-comum que talvez exponha a pessoa que está sendo julgada como algo que ela não seja; o que explica esse lado é justamente o fato de as interpretações serem amplas e os julgamentos serem vários.
Para finalizar, – porque já está chato – não podemos dizer como vamos ser julgados e interpretados ou exigir isso das pessoas, mas sim fazer o máximo para sermos julgados e interpretados como quisermos, através de atos sensatos, ao invés de termos certas atitudes, com o intuito de sermos vistos de forma não condizente com essas atitudes e, depois, simplesmente usar o “interprete como quiser, mas não julgue como entender”.

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