16 de setembro de 2012

Politicagem nos Jogos Olímpicos



            Quem nunca se perguntou: Esse esporte é olímpico e aquele não? Pois é, lendo a revista Superinteressante encontrei a resposta que me deixou intrigado. Ela se resume na palavra “política”.
            Sete anos antes de cada edição dos jogos, os 115 membros do Comitê Olímpico Internacional se reúnem para votar pela inclusão e exclusão de esportes, embora tenha aqueles que nunca estiveram fora dos Jogos Olímpicos. O limite é de 28 esportes por olimpíada, por isso muitos ficam de fora.
            Para se candidatar a uma vaga, o esporte deve ter uma federação internacional reconhecida pelo Comitê, passar pelos critérios e, muitas vezes, submeter-se aos interesses e subjetividade da cúpula organizadora. Olimpíadas é audiência, ou seja, quanto mais popularidade o esporte tiver, mais dinheiro proporcionará e mais chances terá de ser incluso.
As regras do Comitê Olímpico Internacional podem mudar a cada edição por pressões políticas, dificuldades técnicas nas cidades sede e influência do marketing esportivo. Geralmente, as escolhas são baseadas na análise das condições de hospedagem de atletas, comitês nacionais e profissionais de imprensa; da história olímpica do esporte; de sua universalidade; de sua ética e trabalho no combate ao doping e de sua visibilidade.
Entretanto, o pentatlo moderno não é popular nem tem potencial de marketing, mas sua organização tem baixo custo e ele foi inventado pelo barão de Coubertin, o pai das olimpíadas modernas. Esse status lhe fez ser inserido em várias edições do evento esportivo.
Os esportes que mais tentam e merecem estar nos jogos são baisebol, skatismo, automobilismo, futebol americano, sinuca, patinação, escalada, caratê e, principalmente, o surfe. Esse esporte nunca conseguiu participar das olimpíadas por necessitar da existência de mar com boas ondas nas cidades sede, apesar de já haver alternativas para isso com as piscinas de onda.
Pelo fato de esporte ser emoção, superação e disputa, ele deveria ser espontâneo. Contudo, a despeito de não acabarem com sua essência, há coisas que o difama. O que mais há é o uso do esporte como apelo e demonstração política, como a atitude da Coreia do Norte de mostrar para seu povo apenas os jogos vencidos; os grandes investimentos em países sede apenas em época de olimpíadas, para expor o “desenvolvimento”; a luta constante de China e EUA pela liderança em olimpíadas para manifestar a detenção da supremacia política, econômica e social para o mundo.
Apesar de tudo, esporte é sempre apaixonante e essas questões ficam nos bastidores. Logo, é viável discutir e se interar do assunto para mostrar que o que há é a falta de esforço pra inserir esportes muito interessantes e bastante conhecidos nas olimpíadas, atendendo, dessa forma, aos gostos dos admiradores de esportes e não a interesses de organizadores.

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