29 de maio de 2013

Emoção de Maratona

            No último domingo participei de uma competição de natação no Clube Max-Min. Na verdade, foi uma maratona, na qual os atletas reversaram por uma hora. Fizemos cinco mil metros e uns quebrados nesse tempo e tivemos uma vitória inesperada, pois tal competição não exige apenas velocidade, mas principalmente técnica e fundamentos. Foi emoção!
Embora eu tenha participado apenas de duas competições desse tipo, acho extremamente legal, em função da diversão e integração que se tem. Ademais, esta revelou na minha equipe uns dos fatores que mais acho espetacular no esporte: determinação, persistência, espírito de equipe e união.
Independentemente da perspectiva inicial de resultado e de polêmicas posteriores, é inevitável que o mais louvável veio do comportamento desportivo munido de humildade, esforço para alcançar o objetivo, e comemoração devida.  Enfim, há quem diga que não há trabalho em equipe na natação. Haha


6 de maio de 2013

Declaração polêmica em virtude da parcialidade midiática


No jogo São Paulo x Atlético-MG, pela Libertadores 2013, Ronaldinho Gaúcho fez uma declaração polêmica no intervalo. Eu assisti a partida pelo Sportv e percebi uma certa distância entre a fala do jogador e a fala dos comentaristas esportivos no que diz respeito ao significado do que foi dito e intenção do atleta. Primeiramente, segue abaixo a transcrição “literal” e parcial do que ele falou:
“É um grande treino pra próxima fase, pra gente. (...) Penso que qualquer adversário que vier na próxima fase vai ser muito duro. Então a gente tem que pegar esse jogo e se divertir, e não ficar... sofrendo. (...) A gente não tem nada a perder. (...) E jogar com alegria, coisa que ta faltando.”
A partir dessas palavras, chegou-se em “ele disse que só estava brincando”, “ele subestimou o time do São Paulo”, “ele disse que o jogo não valia nada”, dentre outros comentários um pouco distorcidos e com tons agressivos. Porém, essas mesmas pessoas são aquelas que dizem “hoje não há mais futebol bonito, arte, onde os jogadores se divertem”, “treinadores espertos usam alguns jogos para fazer o jogador pegar ritmo; fazer reajustes no time, etc.”. Isto é, se divertir; jogar um grande treino; respectivamente.
O fato é que eles não pensam nisso. Vi poucos jornalistas reverenciando Ronaldo Gaúcho, dizendo que ele não costuma fazer isso; que talvez tenha dito por impulso; ou que pode ter expressado mal. Não, o que eles querem é burburinho, afinal, o dinheiro todo que rola em torna disso não é pouco. Além disso, trata-se de uma “ofensa” a um time paulista, que em 2013 ainda não resolveu jogar bola e precisa de um empurrãozinho dos amigos.
A mídia brasileira é ótima em fazer transformações da fala das pessoas usando a interpretação dos seus agentes, para gerar uma reportagem, semanticamente, próxima à fonte da informação, mas um tanto quanto tendenciosa. Por isso várias vezes vemos artistas sendo mal-educados com repórteres. Eles devem ter os seus motivos. Aliás, não conheço veículos de comunicação imparcial na imprensa brasileira. Mas também, o que esperar de uma imprensa que teve suas raízes em um estado autoritário e foi criada justamente para o contrario do que deveria ser sua finalidade: censura e repressão.
Atualmente está mais ameno, não só pelo mundo globalizado e regime de Governo que vivemos, mas também pelo aperfeiçoamento de técnicas de persuasão. Entretanto, ainda assim é perceptível tendenciosidade, sensacionalismo, e até mesmo imposições. Como exemplo, dita-se Veja, Carta Capital, Jornal Nacional, Jogo Aberto, etc. Se o interlocutor não tiver outras fontes de informação, personalidade forte e senso crítico, simplesmente toma para si o publicado. “Quem são eles? Quem eles pensam que são?”.
Eu não sei se isso tudo é questão de educação, isto é, de ser honesto à pessoa fonte da notícia e ao receptor da informação. Não sei se é intrínseco a determinados assuntos, como futebol, política e religião. E não sei se é mera consequência da liberdade de expressão. Mas está aí uma alerta aos profissionais de comunicação social e, especialmente, jornalismo. Penso que a principal intenção deve ser honrar um dos objetivos principais desse ramo de atividade – proporcionar o acesso à informação limpa, pois com certeza também terá boa renda e grande repercussão vinda de tal profissional.
Ao divulgar um ato, deve ser passado criteriosamente como aconteceu e não carregado de opiniões daquele que emite, para que outros tenham a liberdade de tirar suas conclusões. Dessa forma, teremos uma sociedade mais esclarecida e discursiva. Inclusive, esta aí uma boa oportunidade de negócio: veículo de comunicação imparcial. Por exemplo, uma revista que exponha os fatos e apresente os dois lados da moeda.
Falando nisso, não quero humanizar a figura de Ronaldinho Gaúcho. Talvez ele tivesse mesmo a intenção de humilhar, ou de conseguir uma justificativa por não ter jogado muito naquele jogo. O que eu queria mesmo era mostrar minha opinião sobre a polêmica, apresentar o outro lado que pouco apareceu e, de bagagem, fazer uma crítica (para não perder o costume!). Enfim, agir diferente dos fantoches da imprensa.
Por fim, o jogo tão esperado aconteceu, o Galo ganhou, estamos felizes! Isso é o importante. Pelo menos, até então, nada dos humores negativos surtiu efeito. O Galo segue forte na Libertadores. Contamos com o maestro para continuar proporcionando essa integração, alegria, competência e sabedoria do time: Cuca. O cara merece ser campeão, e o time também! Vamos agora para o próximo jogo, porque é partida importante em casa e “Caiu no Horto, tá morto!”



Bica eles, Galo Doido!!!